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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Oração diante do Crucifixo de São Damião

Senhor, quem sois vós e quem sou eu ?

Vós o Altissímo Senhor do Céu e da Terra

e eu um miserável vermezinho, vosso infimo servo.

Grande e Magnífico Deus , Meu Senhor Jesus Cristo,

iluminai o meu espírito

e dissipai as trevas de minha alma;

dá-me uma fé integra,

uma esperança firme e uma caridade perfeita.

Concedei , meu Deus

que eu vos conheça muito,

para poder agir sempre segundo os vossos ensinamentos


e de acordo com a vossa santissíma vontade.

Absorvei , Senhor , eu vos suplico , o meu espírito,

e pela suarve e ardente foça do vosso amor ,

desafeiçoai-me de todas as coisa que debaixo do céu existem

a fim de que eu possa morrer por vosso amor, ó Deus,

que por meu amor vos digntes a morrer.

CANTICO DAS CRIATURAS

Altíssimo, onipotente, bom Senhor

Teus são o louvor, a glória, a honra E toda a benção.

Só a ti, Altíssimo, são devidos;

E homem algum é digno

De te mencionar

Louvado sejas, meu Senhor

Com todas as tuas criaturas,

Especialmente o senhor irmão Sol,

Que clareia o dia

E com sua luz nos alumia.

E ele é belo e radiante

Com grande esplendor:De ti, Altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pela irmã Lua e as Estrelas,Que no céu formaste as claras e preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pelo irmão Vento,

Pelo ar, ou nublado

Ou sereno, e todo o tempo,

Pelo qual às tuas criaturas dás sustento.

Louvado sejas, meu Senhor

Pela irmã Água,

Que é muito útil e humilde

E preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pelo irmão Fogo

Pelo qual iluminas a noite,

E ele é belo e jucundo

E vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor,

Por nossa irmã a mãe Terra,

Que nos sustenta e governa

E produz frutos diversos

E coloridas flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pelos que perdoam por teu amor,

E suportam enfermidades e tribulações.

Bem-aventurados os que as sustentam em paz,

Que por Ti, Altíssimo, serão coroados.

Louvado sejas, meu Senhor,

Por nossa irmã a Morte corporal,

Da qual homem algum pode escapar.

Ai dos que morrerem em pecado mortal!

Felizes os que ela achar

Conformes à tua santíssima vontade,

Porque a morte segunda não lhes fará mal!

Louvai e bendizei ao meu Senhor,E dai-lhe graças,

E servi-o com grande humildade.

sábado, 27 de agosto de 2011

A Vida de Francisco antes da Conversão.



Faremos uma breve introdução de cada parte da Biografia de Tomás de Celano (nasceu em 1200 d.C.) Tomás de Celano foi discípulo de Francisco e o autor da primeira biografia oficial do irmão de Assis. É interessante estudar nas primeiras fontes biográficas de Francisco e descobrir o homem de Deus levantando para influenciar toda uma geração. O segredo de Francisco foi sua verdadeira conversão a Jesus Cristo. Jesus é o caminho, a verdade e a Vida. Louvado seja o Senhor Jesus.



Iremos iniciar com a vida de Francisco antes de sua conversão.


Vida Mundana de Francisco


Francisco vivia em Assis e teve uma criação mundana e arrogante: ”Desde os primeiros anos foi criado pelos pais com arrogância, ao sabor das vaidades do mundo. Imitou-lhes por muito tempo a via mesquinha e os costumes e tornou-se ainda mais arrogante e vaidoso”.


Na época de Francisco os cristãos tinham atitudes pecaminosas e mundanas. Era comum ver cristãos envolvidos em pecados e luxúria: “2 Esse péssimo costume difundiu-se por toda parte, entre os que se dizem cristãos, como se fosse lei pública, tão confirmada e preceituada em toda parte que procuram educar seus filhos desde o berço com muito relaxamento e dissolução”.


Francisco foi educado no pecado: “Nesses tristes princípios foi educado desde a infância... Neles perdeu e consumiu miseravelmente o seu tempo quase até os vinte e cinco anos”.


Francisco era um dos piores jovens de sua época. Era o líder mundano de seus amigos de Assis: “Pior ainda: superou desgraçadamente os jovens da sua idade nas frivolidades e se apresentava mais generosamente como um incitador para o mal e um rival em loucuras”.


Ele era um mau exemplo para todos os jovens. “Todos o admiravam e ele procurava sobrepujar aos outros no fausto da vanglória, nos jogos, nos passatempos, nas risadas e nas conversas fúteis, nas canções e nas roupas delicadas e luxuosas”.


Francisco também não sabia lidar com o dinheiro de seu pai. “Na verdade, era muito rico, mas não avarento, antes pródigo; não ávido de dinheiro, mas gastador; negociante esperto, mas esbanjador insensato”.


Pessoas de má índole se aproximavam de Francisco. “Porque era principalmente por isso que muitos o seguiam, gente que fazia o mal e incitava para o crime. Cercado por bandos de maus, adiantava-se altaneiro e magnânimo, caminhando pelas praças de Babilônia”.


Por isso a Conversão de Francisco foi verdadeiramente um milagre de Deus. Uma ação da graça do Senhor. “Até que Deus o olhou do céu. Por causa do seu nome, afastou para longe dele o seu furor e pôs-lhe um freio à boca com o seu louvor, para que não perecesse de vez”.


Francisco foi transformado pela Graça de Deus para ser um ganhador de almas. Deus o salvou e transformou num Evangelista. Homem que foi missionário em sua época e levou muitas vidas a Cristo: “Desde então esteve sobre ele a mão do Senhor e a destra do Altíssimo o transformou para que, por seu intermédio, fosse concedida aos pecadores a confiança na obtenção da graça e desse modo se tornasse um exemplo de conversão para Deus diante de todos”.

Caminho da Conversão de Francisco de Assis


Quando Francisco de Assis ainda vivia no pecado da mocidade, sofreu uma terrível doença.

Prostrado por longa enfermidade, começou a refletir consigo mesmo de maneira diferente.


Já um pouco melhor, e apoiado em um bastão, começou a andar pela casa para recuperar as forças.


Certo dia, saiu à rua e começou a observar com curiosidade a região que o cercava. Mas nem a beleza dos campos, nem o encanto das vinhedos, nem coisa alguma agradável de se ver conseguia satisfazê-lo.


Ficou surpreso com sua mudança repentina e começou a julgar estultos os que amavam essas coisas.


Desde esse dia, começou a ter-se em menos conta e a desprezar as coisas que antes tinha admirado e amado.


Francisco aos poucos voltou ao normal e ainda tentou fugir da mão de Deus e, quase esquecido da correção paterna, diante de uma oportunidade, pensou nas coisas que são do mundo e ignorou o conselho de Deus, prometendo a si mesmo o máximo da glória mundana e da vaidade.


Um homem nobre de Assis não mediu despesas para se armar militarmente e, inchado pela glória vã, decidiu marchar para a Apúlia para ganhar mais dinheiro e honra. Sabendo disso, Francisco, que era leviano e não pouco audaz, alistou-se para ir com ele, porque era menos nobre, mas de ambição maior.


Todo entregue a esse plano e pensando com ardor na partida, certa noite, aquele que o tinha tocado com a vara da justiça visitou-o numa visão noturna, com a doçura da sua graça. E o seduziu e exaltou por causa da glória, porque ele tinha sede de glória.


Pareceu-lhe ver a casa toda cheia de armas: selas, escudos, lanças e outros aparatos. Muito alegre, admirava-se em silêncio, pensando no que seria aquilo. Não estava acostumado a ver essas coisas em sua casa, mas apenas pilhas de fazendas para vender.


E ainda estava aturdido com o acontecimento repentino, quando lhe foi dito que aquelas armas seriam suas e de seus soldados.


Despertando de manhã, levantou-se alegre e, julgando a visão um presságio de grande prosperidade, ficou certo de que sua excursão à Apúlia seria um êxito. Pois não sabia o que dizer e ainda não entendera nada do dom que lhe fora feito pelo céu.


Começou a buscar o Senhor e desejar ser santo.


Certo dia, tendo invocado mais plenamente a misericórdia divina, o Senhor lhe mostrou o que tinha que fazer. Ficou tão cheio de alegria, que não cabia mais em si e, mesmo sem querer, deixou escapar alguma coisa aos ouvidos dos outros. Mas embora não pudesse calar-se por ser tão grande o amor que lhe fora inspirado, era com cautela que comunicava alguma coisa, e falando em parábolas.


Dizia que não queria ir para a Apúlia, mas prometia que haveria de fazer coisas nobres e estupendas em sua própria terra.


Os outros acharam que ele ia se casar e perguntaram: “Você vai se casar, Francisco?”


Respondeu-lhes: “Vou me casar com uma noiva nobre e bonita como vocês nunca viram, que ganha das outras em beleza e supera a todas em sabedoria”.


De fato, a esposa imaculada do Senhor era a verdadeira religião, que ele abraçara, e o tesouro escondido era o reino dos céus, que buscou com tanto entusiasmo.


Pois era necessário que se cumprisse plenamente a vocação evangélica naquele que haveria de ser ministro fiel e autêntico do Evangelho.

Edson e Marisa Sardinha. Baseado em Tomás de Celano, PRIMEIRA VIDA (1CEL), Capítulo 1 e 2.

Francisco renuncia a sua Herança terrena Tinha recebido uma Herança eterna

Francisco vende os tecidos do Pai [1]



Francisco, já convertido pelo Espírito Santo, tendo preparado um cavalo, montou e, levando consigo os tecidos de seu pai para vender (seu pai Pedro Bernadone era um grande comerciante de tecidos de Assis), partiu veloz para Foligno.


Tendo lá vendido como de costume tudo que levara, o feliz mercador deixou até o cavalo que montara, depois de receber o preço que valia. De volta, livre da carga, vinha pensando no que fazer com o dinheiro.


Admirável e repentinamente todo convertido para as coisas de Deus, achou que era pesado demais carregar aquela soma por uma hora que fosse. Considerando simples areia todo aquele pagamento, apressou-se em se desfazer dela.


Vindo na direção de Assis, encontrou à beira do caminho uma igreja erguida havia muito tempo, a Igreja de São Damião, que estava em ruína por sua muita antiguidade.

Chegando a ela, entrou na igreja e encontrou lá um sacerdote pobre, beijou suas mãos cheio de fé, deu-lhe o dinheiro que levava e contou direitinho o que queria.

Espantado, e admirando tão incrível e repentina conversão, o padre não quis acreditar.

Achando que estava sendo enganado, não aceitou o dinheiro oferecido. Mas o jovem insistia teimosamente, e com palavras ardentes procurava convencer o sacerdote que, pelo amor de Deus, lhe permitisse viver em sua companhia.

Afinal o padre concordou em que ficasse, mas, por medo de seus pais, não recebeu o dinheiro, que Francisco, jogou a uma janela, tratando-o como se fosse pó.
Perseguido pelo pai[2]


Seu pai sentiu sua falta e a falta dos tecidos e começou a procura-lo. Quando entendeu como ele estava vivendo naquele local, teve o coração ferido de íntima dor, e ficou muito perturbado com a súbita mudança.


Convocou amigos e vizinhos e correu o mais depressa que pôde para onde morava o servo de Deus.


Francisco, sabendo das ameaças dos que o perseguiam e pressentindo sua chegada, não quis dar oportunidade à raiva e se meteu numa cova secreta que tinha preparado para isso.


Esteve um mês nesse esconderijo, que ficava na casa e talvez só fosse conhecido por um amigo, mal ousando sair para as necessidades.


Comia algum alimento, quando o recebia, no fundo da cova. Todo auxílio lhe era levado em segredo.


Banhado em lágrimas, orava continuamente para que Deus o livrasse da mão dos que o perseguiam e, por um favor benigno, lhe permitisse cumprir seus piedosos propósitos.


Jejuando e chorando, implorava a clemência do Salvador e, desconfiando da própria capacidade, punha em Deus todo o seu pensamento.

Mesmo dentro do buraco e na escuridão, gozava de uma alegria indizível, que nunca tinha experimentado. Cheio de ardor, saiu do esconderijo e se apresentou às injúrias dos que o perseguiam.


Levantou-se sem vacilar, com alegria e presteza. As pessoas passaram a insultá-lo miseravelmente, chamando-o de louco e demente, e lhe atiraram pedras e lama das praças.


Viam-no completamente transformado em seus hábitos anteriores e muito acabado pela mortificação, e atribuíam seu comportamento à fraqueza e à loucura.


Diante disse Francisco dava graças a Deus.

Mas o tumulto pelas praças e ruas da cidade durou tanto, ouvindo-se em toda parte o clamor dos que o insultavam, que, entre os muitos a cujos ouvidos chegou, estava também seu pai.


Ouvindo o nome do filho, e que estava sendo comprometido nesse tipo de conversa por seus concidadãos, levantou-se imediatamente, não para libertá-lo mas para perdê-lo.

Seu pai o arrastou com modos indignos e afrontosos para casa.


Sem qualquer compaixão, prendeu-o por muitos dias em um lugar escuro e, querendo dobrá-lo para seu modo de ver, agiu primeiro com palavras e depois com chicotadas e algemas.

Com isso tudo, o próprio Francisco ficou ainda mais pronto e decidido a seguir seu santo propósito, e sem se convencer com as palavras, nem se cansar da cadeia, não perdeu a paciência.


É solto pela mãe[3]


Aconteceu que seu pai precisou ausentar-se, pela urgência dos negócios, por algum tempo, deixando o homem de Deus preso no calabouço. A mãe, que ficou sozinha com ele em casa, e não aprovava o procedimento do marido, dirigiu-se ao filho com palavras ternas.


Mas, vendo que não conseguia fazê-lo mudar de opinião, sentiu seu coração materno se enternecer e, soltando as correntes, deixou-o sair.


Ele deu graças a Deus e voltou depressa para o lugar onde estivera antes. Provado pelas tentações, gozava agora de maior liberdade e, depois de tantas lutas, adquirira um ânimo mais sereno.

As dificuldades lhe deram maior segurança, e começou a andar mais confiante e livre por toda parte. Nesse meio tempo, o pai estava de volta. Não o tendo encontrado, acumulando seus desatinos, armou uma gritaria com sua mulher.


Depois, irado e ameaçador, correu em busca do filho, decidido a expulsá-lo da região, se não conseguisse traze-lo de volta.


Vendo que não poderia afastá-lo do caminho em que se metera, o pai cuidou apenas de reaver o dinheiro.


O homem de Deus teria querido gastá-lo e oferecê-lo todo para o sustento dos pobres e na construção daquele lugar mas, como não lhe tinha amor, não podia sofrer decepção alguma, nem se perturbou com a perda de um bem a que não tinha apego.


Quando achou o dinheiro que ele, desprezador por excelência dos bens terrenos, ávido demais das riquezas celestes, tinha jogado a uma janela como lixo, acalmou-se um bocado o furor do pai irado. A recuperação foi como um refrigério para sua sede de avareza.


Mais tarde, apresentou-o ao bispo da cidade, para que, renunciando em suas mãos à herança, devolvesse tudo que tinha. Ele não se recusou. Até se apressou alegremente a fazer o que pediam.

Diante do bispo, não se demorou e nada o deteve: sem dizer nem esperar palavra, despiu e jogou suas roupas, devolvendo-as ao pai.


Não guardou nem as calças: ficou completamente nu diante de todos.


O bispo, compreendendo sua atitude e admirando muito seu fervor e constância, levantou-se prontamente e o acolheu em seus braços, envolvendo-o no manto.


Compreendeu claramente que era uma disposição divina e percebeu que os gestos do homem de Deus, que estava presenciando, encerravam algum mistério.


Tornou-se, desde então, seu protetor, animando-o, confortando-o e abraçando-o nas entranhas da caridade.


Foi assim que Francisco tratou de desprezar a própria vida, deixando de lado toda solicitude mundana, para encontrar como um pobre a paz no caminho que lhe fora aberto: só a parede da carne separava-o ainda da visão celeste.


Texto parafraseado por Edson Cortasio Sardinha, da primeira Biografia de Francisco de Assis - I Celano.



Postado por Rev. Edson e Irmã Marisa às 10:07

Francisco e os Leprosos: caminho da Conversão

Quando deixou a herança de seu pai, Francisco passou a andar com uma roupa pobre e velha. Andava cantando louvores a Deus em francês. Certa vez estava passando por um bosque louvando ao Senhor e foi atacado por ladrões.

Os ladrões perguntaram-lhe brutalmente quem era, e ele respondeu forte e confiante: “Sou um arauto do grande Rei! Que é que vocês têm com isso?”

Os ladrões, vendo que era pobre, bateram nele e o jogaram numa fossa cheia de neve, dizendo: “Fica aí, pobre arauto de Deus”.

Quando se afastaram, revirou-se na fossa e conseguiu sair, sacudindo a neve. Com alegria redobrada, começou a cantar em voz alta pelos bosques os louvores do Criador de tudo.

Chegando a um mosteiro, passou muitos dias na cozinha como servente, vestido apenas com uma túnica velha e vil. Quisera saciar-se com um pouco de caldo. Mas ninguém teve pena dele e não conseguiu sequer alguma roupa velha. Foi, na realidade, maltratado pelo mosteiro.

Saiu do mosteiro por causa da necessidade e foi para a cidade de Gúbio, onde conseguiu uma túnica com um de seus velhos amigos.

Algum tempo depois, quando sua fama de homem de Deus cresceu, o prior daquele mosteiro, recordando e compreendendo o que fora feito contra ele, procurou-o e pediu-lhe perdão por amor de Deus em seu nome e no dos monges.

Depois disso, transferiu-se para um leprosário.

Vivia com os leprosos, servindo com a maior diligência a todos por amor de Deus. Lavava-lhes qualquer podridão dos corpos e limpava até o pus de suas chagas. Sobre isso escreveu: “Como estivesse ainda em pecado, parecia-me deveras insuportável olhar para leprosos, mas o Senhor me conduziu para o meio deles e eu tive misericórdia com eles”.

Antes, ver os leprosos era tão insuportável que, em suas próprias palavras, tapava o nariz só de ver suas cabanas a duas milhas de distância.

Mas, um dia, quando, por graça e força de Deus, já sendo trabalhado pelo Senhor, encontrou-se com um leproso e, superando-se, chegou e o beijou.

A partir de então, foi ficando cada dia mais humilde e simples.

Tinha um carinho pelos pobres e os ajudava com muita misericórdia. Mesmo antes de ser totalmente transformado pelo Senhor. Sua vida foi uma conversão progressiva.

Houve um dia em que, contra seu costume, porque era muito bem educado, tratou mal um pobre que lhe pedia esmola. Mas logo, arrependido, começou a dizer consigo mesmo que era grande ofensa e vergonha negar a quem estivesse pedindo no nome de tão grande Rei, o que quisesse.

Resolveu que jamais negaria a quem lhe pedisse em nome de Deus o que estivesse ao seu alcance. Desejou seguir as palavras de Jesus: “Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te pedir emprestado” (Mt 5,42).

O segredo de Francisco foi sua conversão ao Senhor Jesus e ao Evangelho. Leu a Palavra de Deus e passou a crer e a viver o Evangelho. Foi um crente fiel ao Evangelho do Senhor.

Seu segredo foi aceitar Jesus como Senhor e Salvador. Jesus o transformou pela graça.





Oração: “Senhor Jesus! Entra na minha vida. Assim como o Senhor transformou Francisco num homem de Deus, transforme minha vida. Desejo ser o que o Senhor deseja que eu seja. Mude a minha vida e salve o meu coração. Eu necessito de Jesus Cristo. Jesus entra na minha vida e opere em meu ser hoje e para sempre”.





Rev. Edson Cortasio Sardinha

Protestantes que redescobrem Francisco

Sou evangélico. Prefiro o nome protestante. Pertenço a uma igreja histórica com identidade missionária. Sou metodista. Uma denominação dentro do carisma de avivamento e santidade do século XVIII. O nosso carisma vem de Cristo em sua ação de graça sobre a Vida dos irmãos Wesley. Nossa Igreja é a de JESUS. Em sua igreja Deus tem levantado várias flores no seu jardim. São carismas diferentes em uma só igreja.


Leio Bento de Núscia como um carisma missionário de oração pelo viés monástico. Leio Lutero e outros homens e mulheres como agentes do carisma de Deus.

Deus levanta seus obreiros e obreiras dos diversos ramos e tradições: Católicos, Protestantes e Ortodoxos.

É desta forma que vejo São Francisco de Assis e o movimento franciscano. Vejo-o como um carisma de Deus para a igreja. Francisco foi um agente do carisma de Deus para a Igreja Universal.

Acolho Francisco como acolho o apóstolo Paulo. Paulo não pertence só a Igreja católica apostólica romana. Ele pertence ao cristianismo. A igreja de Deus é Una, Santa, Apostólica e Universal (católica). Ela não é protestante, Romana ou ortodoxa. A Igreja é de Cristo, viva e apostólica.

Por que precisamos voltar a ler Francisco?

Francisco nos ajuda a enxergar vários desafios:





A importância do ministério leigo;

A vida coerente com o Evangelho de Cristo;

A relação evangélica com o dinheiro e com os bens do mundo;

A vida de oração;

A visão de discipulado e células;

A importância da Bíblia nas decisões humanas;

A obediência a voz de Deus;

O avanço missionário;

A relação com o Criador e sua obra criada;

A paixão de Cristo na devocional da vida;

A relação com o outro, com o mundo e com a vida;

A valorização litúrgica do mistério de Cristo;

O tempo de retiro e reconstrução pessoal.





Estes e muitos outros desafios são apresentados pelo carisma de Deus na Vida de Francisco. Por este motivo, é saudável, justo e aconselhável que o protestante redescubra Francisco e sua fala profética.

A descoberta histórica de Francisco é uma bênção para a igreja. Devemos ler e conhecer o agir de Deus na vida deste homem de Deus.

Postado por Rev. Edson e Irmã Marisa

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Meus Filhos - Meus Heróis - 2

quarto da direita para esquerda...




o primeiro

de barba




no meio...como São Francisco


Quando estávamos com a casa em Curitiba no Pillarzinho... Chegou trazido pelo padrinho, de Jacutinga Minas Gerais... Um menino de 17 anos, lindo... mas todo machucado e dizia não querer vir, muito menos ficar...Este menino estava sendo procurado por outros marginais que lhe juraram morte e também pela polícia..pois havia se complicado e procuraram sua mãe pedindo que arrumasse uma casa de recuperação para ele...ele estão falou para a mãe:
Se você achar uma casa de recuperação em 3 dias eu vou se não nada feito...
A mãe dele conhecendo amigos do Padre Léo que era de Itajuba... conseguiu o número de telefone da comunidade Bethânia..mas não havia vaga e estava com uma fila mito grande de espera... então deram o número da nossa comunidade para que ela tentasse a vaga...ela ligou e dissemos que podia mandar o  menino...
Quem é este menino?
Bom...ele é o irmão mais velho de  3 meninos, e ainda com 6 aninhos foi para as ruas de São Paulo...quando o seu pai abandonára toda a família...ele com um gênio muito forte...saiu a procura do pai...que se arrumou com outra e nunca mais se viram...
Este menino cresceu no abandono total pelas ruas de São Paulo..conhecendo o frio, a fome, o medo..as traíções, a marginalidade, a violência e a maldita droga...
Foi preso varias vezes na antiga Febem, a mãe ja havia mudado para Minas Gerais e ele continuava a vagar pela cracolândia de São Paulo...Agora um pouco maior e fazendo parte de gangues de tráfico, se envolvendo em rotinas fatais, usando armas pesadas, matar ou morrer...até......
O dia em que chega na comunidade Amor Incondicional..Ele chegou falando que não pararia de usar drogas, nem de fumar, que não rezava e não obedecia ninguém, na sua mala encontramos varios sôcos inglês feito com madeira e prego, tinha em sua mão um ferimento gravíssimo, um corte com caco de vidro de janela, que teria necessidade de uma sutura com no mínimo uns 12 pontos, aquilo estava ali aberto e êle não deixava eu colocar remédio, dizia que sararia sozinho... Quando iamos rezar ele não falava nada ficava mudo e com caras e bocas de malvado...Quando chegava mais ou menos umas 19:30hs êle começava a ter convulsões de abstinência da cocaína, se retorcia todo...numa delirante viagem, na qual chorava...se urinava e queria nos agredir..com muita paciência e oração fomos vencendo as convulções...Qual não foi a alegria quando ouvimos balbuciar a primeira ave-maria... mas não tinha desistido de ir embora e decidiu que na manhã seginte iria embora a pé...pedindo carona... ainda estava muito debilitado devido aos maus tratos que é comum ao usuário de droga...Aí veio o milagre...durante a noite teve um sonho uma alicinação...eu chamo de milagre...onde viu nossa Senhora das Dores Chorando e pedindo que ele não fosse embora pois êle morreria se fosse...
Nossa Senhora das Dores...
Então resolveu dar mais um tempo e ficar mais um pouco...quando nos contou o sonho...descobrimos que ele fazia aniversário no dia de nossa Senhora das Dores 27 de setembro..e então foi confirmado que realmente ela teria falado com êle. COmeçou a participar dos momentos de oração...nós estavamos de mudança para a chácara em Rio Branco do Sul e convidamos-o para experimentar a vida na chácara...ele aceitou...chegando lá ele começou a subir o morro todos os dias as 6 horas da manhã e rezar no cruzeiro, que lá tínhamos colocado...este menino começou a ter um encontro com Deus...tão profundo...começou a despertar  nele dons carismáticos e ele foi se transformando em uma verdadeira ovelhinha...servia a todos. só andava descaça...se consagrou..vestiu veste franciscana, renovou a sua consagração durante 6 anos...só andava descalça e passava a maior parte do dia orando...jejuando e ajudando pessoa...digo-lhes que muitos meninos que se recuperaram na comunidade foi por causa deste menino abençoado...após o 6º ano de consagração conheceu uma menina que veio para comunidade como vocacionada para fazer a experiência...se apaixonaram...casarammme depois de 4 anos de casado e trabaho ardua sem nunca mais usar drogas..a espposa dele foi embora com outro...ele continuou sem usar drogas e trabalhando...depois de 2 anos conheceu a atual esposa que já lhe deu um filhinho e ele nunca mais usou drogas e nunca mais perdeu a docilidade e o amor que Jesus lhe permitiu através de Nossa Senhora das Dores....
Ele esta aqui de toca preta

no meio de camiseta branca

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Santa Maria dos Anjos

2 de Agosto, festa de Santa Maria dos Anjos






A Ordem franciscana celebra na terça-feira, 2 de agosto, a festa de santa Maria dos Anjos, relembrando de modo especial a capela reconstruída por São Francisco durante seu período de conversão, e onde se deu a fundação da Ordens dos frades Menores.


Conhecida popularmente como capela da Porciúncula, a pequena construção foi palco de importantes acontecimentos no franciscanismo: a fundação da Ordem dos Frades Menores, em 1209; em 1211, santa Clara recebeu ali o hábito religioso; em 1216, Francisco recebe uma iluminação mística do chamado “perdão de Assis”. Em 1226, o Seráfico Pai acolheu ali a ‘nossa irmã, a morte corporal’.






Em 1986 aconteceu o importante encontro do papa João Paulo II com lideranças religiosas de todo o mundo para rezarem pela paz.





Atualmente, a capela da Porciúncula está emoldurada pela grande basílica papal de Santa Maria dos Anjos, construída entre 1569 e 1679.






Algumas referências sobre a Porciúncula nas Fontes Franciscanas: “Depois que o santo de Deus trocou de hábito e acabou de reparar a mencionada igreja, mudou-se para outro lugar próximo da cidade de Assis. Aí começou a reedificar outra igreja, abandonada e quase destruída, e desde que pôs mãos à obra não parou enquanto não terminou tudo. Dali passou a outro lugar, chamado Porciúncula, onde havia uma antiga igreja da Bem-aventurada Virgem Mãe de Deus, mas estava abandonada e nesse tempo não era cuidada por ninguém. Quando o santo de Deus a viu tão arruinada, entristeceu-se porque tinha grande devoção para com a Mãe de toda bondade, e passou a morar ali habitualmente. No tempo em que a reformou, estava no terceiro ano de sua conversão. Por essa época, usava um como um hábito de ermitão, cingido com uma correia, e andava com um bastão e com os pés calçados” (1Cel 21).






“No ano de 1226 da Encarnação do Senhor, domingo, dia 4 de outubro, em Assis, sua terra, e na Porciúncula, onde fundara a Ordem dos Frades Menores, tendo completado vinte anos de perfeita adesão a Cristo e de seguimento da vida apostólica, nosso bem aventurado pai Francisco saiu do cárcere do corpo e voou todo feliz para as habitações dos espíritos celestiais, terminando com perfeição o que tinha empreendido. Seu santo corpo foi exposto e reverentemente sepultado com hinos de louvor nessa mesma cidade, onde brilha em seus milagres para a glória do Todo-Poderoso. Amém” (1Cel 88).





No calendário litúrgico franciscano, o dia 2 de agosto é dedicado à celebração da Festa de Nossa Senhora dos Anjos, popularmente conhecida como "Porciúncula". Na introdução do texto litúrgico do missal e da liturgia das horas, se diz o seguinte:






"O Seráfico Pai Francisco, por singular devoção à Santíssima Virgem, consagrou especial afeição à capela de Nossa Senhora dos Anjos ou da Porciúncula. Aí deu início à Ordem dos Frades Menores e preparou a fundação das Clarissas; e aí completou felizmente o curso de seus dias sobre a terra. Foi aí também que o Santo Pai alcançou a célebre Indulgência , que os Sumos Pontífices confirmaram e estenderam a outras muitas igrejas. Para celebrar tantos e tão grandes favores ali recebidos de Deus, instituiu-se também esta Festa Litúrgica, como aniversário da consagração da pequenina ermida".